quarta-feira, 30 de setembro de 2009

fofices do design: robot clocks





DANGER, Will Robinson! DANGER! DANGER!
Esses relógios robôs são extra fofos! Eles vieram para nos mostrar o tempo! Eles vão nos dizer o quanto estamos atrasados!
Eles desembarcaram aos montes na Perpetual Kid. Eles vão invadir nossos quartos, salas e imaginação! PERIGO! PERIGO!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

essa vai dar pano para a manga: a manga extra


Alguns pensamentos precisam, assim como um bom vinho ou queijo, de certo tempo para amadurecer. Demorei mas costurei a última manga sobre a matéria do Fabio Santos para o jornal Destak. O pano deu certinho, não sobrou um retalho para contar história. Se você chegou agora e não entendeu patavinas saiba que as mangas esquerda e direita estão, respectivamente, aqui e aqui.
Essa manga extra é aquele acidente fashion que pode dar muito errado ou se tornar o must have da estação. Eu tenho pensamentos contraditórios (assim como de qualquer coisa de gosto duvidoso) sobre o que o Fabio escreveu:
"Até parece que eles (os pais) se consideram realmente capazes de conter seus rebentos. Nem os genitores mais conscienciosos, com filhos bem comportados, podem garantir que não haverá gritarias e escândalos. Estamos falando de crianças, que, por natureza, são imprevisíveis....De férias, o casal parece transferir aos outros a obrigação de ter paciência com os humores e travessuras de seus pimpolhos. O mesmo costuma acontecer em restaurantes e outros lugares públicos."
Por mais que me doa escrever, eu tenho que dizer que em um pequeno grau o Fabio tem um tiquinho de razão (para quem não percebeu isso sou eu dando o braço a torcer sem perder a dignidade). As crianças hoje em dia levam uma vida independente dos pais. Passam o dia nas escolas ou com pajens. Atenção para o que vou dizer agora: NENHUM dos dois tem obrigação de educar crianças. A escola ensina. E só. A pajem é uma pessoa que existe para ajudar com coisas práticas.
Com isso os pais não tem a menor experiência no dia-a-dia de seus filhos. Para finais de semana existem folguistas, assim eles não precisam nem saber como trocar uma fralda ou passar a noite em claro acalmando o sangue de seu sangue. O pouco tempo que passam com as crianças é sempre assistido. A consequência disso é ululante: os pais não sabem o que fazer nem tão pouco como lidar com seus filhos naquele dia em que a pajem deu o cano. É muito mais fácil transferir a responsabilidade de seus filhos (que não estão sendo educados por ninguém e se comportam como tal) para terceiros, mesmo que completamente estranhos. Além do mais, tomar conta de crianças é exaustivo. Se você não está acostumado a essa tarefa imagine como seria tentar correr a maratona de New York sem ter treinado um dia sequer. Por mais boa vontade que se tenha, não dá para passar dos primeiros 400 metros.
Isso dito, existem os outros tipos de pais. Aqueles que estão ensinando os filhos a se comportarem em sociedade. Todos nós pagamos o preço por isso, querido Fabio. Quando você assinou o contrato para nascer, estava escrito preto no branco que terias que aprender a se comportar entre outros seres humanos porque é assim que essa espécie existe. Em sociedade. Você assinou um contrato para ser gente, não um peixe Betta macho em um potinho d'água. O preço é bem menos salgado do que o final de semana em um resort. Basta você olhar com os olhos de quem entende- e respeita- para aonde caminha a humanidade.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ahhh, a tentação!


Oh, The Temptation from Steve V on Vimeo.

Uma criança. Uma mesa e uma cadeira. Um marshmallow.
A opção de poder comer o marshmallow na hora ou esperar até a moça voltar e ganhar outro além do que está na mesa.
As expressões dessas crianças me fizeram rir a tarde inteira.

fofices do design: kobi

Era de se esperar que o designer David Kho não fosse ficar muito tempo parado depois de criar o cadeirão Fresco e a cadeirinha Coco para a marca Bloom.
O mais novo projeto solo desse holandês baseado na Espanha é uma linha de carrinhos para bebê. Para isso ele criou uma companhia e a batizou de Mima.
Como David não é pouca porcaria ele já ganhou, com a linha Kobi, o prêmio inovação da feira mais importante de design infantil, a kids+Jugend, em Colonia. Não é difícil ver o porque: o Kobi expande com sua família: um carrinho só para o bebê que mais tarde cresce e ganha um irmão ou irmã. Esse segundo bebê também cresce, mas o carrinho....continua o mesmo.
O único problema com o Kobi é ter que esperar até Julho de 2010 para comprar um!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

apresentando: hora extra


Tá pensando o quê, que entre taaantas coisas que a gente faz durante o dia a gente não trabalha?
Pois saiba você que muitas de nós trabalhamos SIM! Todas nós acreditamos em um sonho e em um futuro melhor para nossas crias. Uma mãe lava a outra (hahaha, juro de pé junto que foi um erro de tipografia. infelizmente para vocês eu achei o trocadilho tão que infame o torna irresistível) e nos ajudamos como podemos.
Pensando nisso criei um novo marcador: a hora extra. Muitas mães fazem trabalhos legais enquanto os filhos estão na escola, casa da vovó ou dormindo. Por que não dividir com os outros? A gente nunca sabe , não é?
Você quer ver o fruto de seu suor aqui? Me mande um comentário/email e vamos conversar! Já adianto uma coisa: só escrevo sobre coisas que acredito e gosto, portanto não me venham falar sobre um sabonete líquido que você está fazendo cujo um dos componentes é óleo mineral, tá?
Espero poder ajudar com esse novo marcador, afinal, nós merecemos!

hora extra: safe sippy

Imagina bem a cara da vendedora de uma loja qualquer quando você, com uma garrafinha de aço inox que estava na prateleira na mão, pergunta:
-Essa garrafina não contém Bisfenol-A, certo?
-Bisf...desculpe, não temos essa cor, senhora.

Para bom entendedor do bem estar no novo mundo preocupado com um futuro correto e seguro, a palavra Bisfenol-A é bastante conhecida: é um dos componentes do plástico que é cancerigena e solta resíduos para o líquido que está contendo. Já falei sobre o assunto aqui e aqui.
Uma mãe preocupada com o assunto trouxe para o Brasil a Safe Sippy, que além de ser de aço inox tem o corpo coberto por uma capa de silicone anatômica (ótimo para que as garrafas não amassem nas quedas). As partes feitas de plástico são livres de Bisfenol-A e outros componentes nocivos-tem mais dois com nominhos complicados, sabia? O canudinho funciona que é uma beleza e a temperatura do líquido é mantida por muito mais tempo quando a gente está fazendo um passeio no zoológico em uma tarde de verão.
A Safe Sippy já está a venda na BestBaby em São Paulo e na 9MESES em Porto Alegre. As meninas dessas lojas com certeza conhecem as vantagens da Safe Sippy. Você mora em Salvador? Não tem problema, basta ir no blog da Erika e fazer o pedido que ela te manda.

domingo, 20 de setembro de 2009

curta: lenda urbana?

Me contaram o causo por agora. A pessoa jura de pé junto que estava presente, foi uma testemunha ocular. Para mim, essa é boa demais para não ser lenda urbana. Se não for, espero sinceramente que vire uma!

Em uma fila de caixa em um supermercado, uma senhora com carrinho e uma mãe com um filho de mais ou menos 10 anos atrás. No caixa ao lado, a pessoa que me contou a história.
Diz ele que o menino ficava batendo com o carrinho nas pernas e costas da senhora e que a mãe nada fazia para repreender o moleque.
A certo ponto, conta ele com ganas de ir lá e fazer o menino parar (não entendi porque não foi), a senhora vira para o menino e pede:
-Você poderia parar, por favor? Está me machucando.
A mãe do menino responde por ele:
-A senhora me desculpe mas em casa não o proibimos de fazer nada.
No caixa do lado oposto a que isso acontecia, um senhor ouve e sem perder tempo pega uma embalagem de ketchup, anda em direção a mãe, abre a embalagem e vira na cabeça dela dizendo:
-A senhora me desculpe, mas minha mãe nunca me proibiu de fazer nada em casa também.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

curta: maria imaculada



É muito fácil acabar com a imagem de mãe-toda-poderosa-imaculada-filha-de-maria. Nem tinha idéia de como nossa reputação era frágil. Era (assim no passado mesmo), por que a minha já foi ralo abaixo no esgoto da dignidade humana.
Lá vou eu me humilhar mais uma vez contando a vocês o que se passa entre as quatro paredes da minha vida (nada) privada (a essa altura do campeonato):

Era hora de dormir. Estava eu no quarto das crias acabando de ler um livro para eles e dando um beijinho de boa noite quando ouvimos um barulhinho. Daqueles desagradáveis. Daqueles que a gente sabe bem qual é e daonde veio. Imaginem se Fofoquinha e Matraca-Trica iam deixar passar batido:
-Mamãe, a Fofoquinha soltou um pum.
-Não fui eu não. Eu não soltei pum nenhum, mamãe. Foi Matraca-Trica.
-Não fui não. A Fofoquinha está dizendo que fui eu mas não foi. Eu não soltei pum!
-Mamãe, ele está mentindo! Eu não soltei pum, então só pode ter sido ele!
-Gente- confesso eu,... aliás confesso também que ia fazer cara de paisagem como manda a boa educação, mas minha tentativa foi frustrada tamanho o rebuliço ao redor do fato- que soltou pum fui eu.

Pois é, senhoras e senhores. Eu solto pum. A cara deles- olhos esbugalhados, um esboço de sorriso no canto da boca e um ponto de interrogação E-NOR-ME piscando em mil cores de neon no lugar do terceiro olho- mediante essa confissão veio acompanhada da seguinte frase de Matraca-Trica que falou pelos dois, na verdade:

-Mas...mamãe....as mamães soltam pum?!




terça-feira, 15 de setembro de 2009

fofices do design: napnanny

A 7 anos atrás, o Napnanny era tudo o que eu queria na vida. Daria meu fígado -com prazer e sem anestesia- por um deles. Minhas duas crias sofreram de montão nos primeiros meses de vida: Fofoquinha por refluxo e Matraca-Trica com cólica. Quem sofreu mais, no final das contas, fui eu.
O Napnanny é um híbrido de colchão, car seat e cobertorzinho para bebê. Foi criado para fazer o começo de vida mais fácil e menos dolorido para aqueles bebês que tem refluxo, cólica ou nariz entupido por causa de um resfriado.
As mães que passam noites sem dormir agradecem de coração.

sábado, 12 de setembro de 2009

hay que sufrir pero sin perder el hairstyle jamás!

Hoje fez um dia lindo: muito sol, céu azul de pré primavera, passarinhos gorgeando e só algumas nuvens no céu. Fomos para o clube e lá pelo meio dia Matraca-Trica e Fofoquinha desfilaram de sorriso aberto na comemoração do aniversário do dito cujo.
Parou.
Essa coisa toda está deveras sutil e por demais floreada: estava era um calor senegalês mesmo, sol de caatinga, uma secura na garganta que só. Meu lugar era na piscina. Mas não, eu fui pagar mico como de costume. Desfile de aniversário do clube?! Vamos combinar que ir tomar vacina antitetânica na barriga seria menos doloroso. Acontece que para meu azar contaram para Fofoquinha e Matraca-Trica que na concentração da ala das crianças ia ter o show do High School Musical (cover, of course), pipoca e algodão doce. Os dois só falaram nisso a semana toda. Não tive escolha. Todo mundo acordou cedo e em tempo recorde estávamos prontos. Matraca-Trica, vaidoso que só quis passar gel no cabelo e armar o moicano para ocasião tão importante: seu primeiro desfile na vida.
Corta.
Conversa no carro:
-Mamãe, gel sai com o sol?
-Não, só sai com água.-respondo.
-Mamãe, tem certeza que não derrete?
-Tenho. Só sai com água.
Corta.
Deixei os dois na concentração (depois de passar protetor solar em suas bochechas rosadas) e fui achar meu lugar na muvuca da arquibancada. O desfile aconteceu na pista de atletismo, com volta olímpica de todas as modalidades esportivas e recreativas. As crianças, umas duzentas, foram as primeiras a chegar e entraram pelo fundo da pista. Tudo muito bonitinho, um mar de camisetas e bonés brancos-o uniforme obrigatório do dia. Então meu olho de lince bate em uma única cabecinha lá no horizonte, sem boné, brilhando em baixo daquele sol de rachar coquinho.
Eu deveria ter imaginado.



quarta-feira, 9 de setembro de 2009

mea culpa

-Mamãe, estou com frio. Muito frio.
Fofoquinha acabou de chegar da escola e está realmente com uma cara meio caidinha. Frio com esse calor, penso eu...hummm, melhor pegar o termômetro. Bingo, Fofoquinha está com febre. E dor de garganta. Pegou de Matraca-Trica, que semana passada também apresentou os mesmos sintomas e foi hoje para a escola pela primeira vez em uma semana. Lá vou para o segundo round, como era de se esperar. Dou os remédios e atenção extra para a enferma e depois do jantar coloco um cobertor bem macio e quentinho nela para que ela possa assistir um pouquinho de TV.
Matraca-Trica que até então havia ficado quietinho no canto dele vira para mim e diz: "Mamãe, estou com muito, muito frio." Caso típico de ciúmes para o qual o melhor remédio é outro cobertor igual ao da irmã, imagino eu. Afinal, ele estava prá lá de recuperado da semana anterior.
Bem mais tarde, já deitados na cama e antes de apagar as luzes, Matraca-Trica continua a ladainha:"Mamãe, estou com frio." Já que estava tirando a temperatura de Fofoquinha para ver se a febre baixara um pouco, brinquei "Vou tirar sua temperatura também, vamos ver se o príncipe está dodói". E não é que o moleque estava com 39,8°C ? Matraca-Trica estava com febre esse tempo todo e eu não percebi.

A mãe de do Pepe Legal estava me contando um dia desses que quando ele tinha uns 3 anos ele bateu a cabeça quando caiu para trás da escada na frente do prédio. Ela colocou gelo, deu muitos beijinhos e foi cuidar do jantar. No dia seguinte Pepe Legal continuou a agir como qualquer outro menino da idade- correndo, pulando no sofá, andando de bicicleta- mas sempre se queixando de um pouco de dor na cabeça. Normal para quem caiu do jeito que ele caiu, pensou a mãe. No dia seguinte a dorzinha não passou e ela achou melhor levar ao médico para ver se não era sinusite, afinal ele estava com coriza. Somente para descobrir que Pepe Legal estava com o crânio rachado. A dois dias.

Vou te contar, esse tipo de coisa acaba com o espírito esportivo de qualquer mãe. Acaba com o dia da gente. Como assim nossa cria está _______ (preencha aqui com o problema da hora: a doença, deprimido, triste, com problemas na escola, com a cabeça/dedo do pé/nariz quebrados, alergia, etc)_______e a gente não percebeu na hora???? Que raio de mãe somos????! Merecíamos ter a licença revogada. Ora veja se pode uma coisa dessas!

Mães são movidas a culpa. Esse é ingrediente principal de uma receita simples que nos torna o que somos. Sem esse tipo de combustível para alimentar nossas almas não seríamos capazes de levantar da cama de manhã. As espécies de culpa são tantas quantos os pernilongos depois de uma chuva de verão. Também não deixam gente dormir a noite. Nesse caso, estou falando da culpa pela ignorância e falta de atenção. Como poderíamos saber absolutamente tudo o que há para se saber sobre medicina pediátrica? Além de gripe e resfriado, você sabe diagnosticar com 100% de certeza qualquer outra coisa? E olha que mesmo assim 93% das mães vai ligar- a qualquer hora do dia ou da noite- para o pediatra só para ter certeza que se trata de uma coriza passageira.
Se a gente pensar bem, não há chance nessa vida (e nem em outras, francamente) de nos tornarmos Wikipedias de salto alto. Ou de rasteirinha. Ou tênis. Ou sapatilha. Ou botas. Aliás, de sapato nenhum, e muito menos descalças. Com calças. Ou de saia. Deu para entender aonde quero chegar, certo? Não saberemos jamais tudo sobre odontologia, medicina, nem psicologia ou sequer sobre como ajudar as crias com a lição de casa em um exercício sobre a tabela periódica. Ou você vai me dizer que lembra quais são os lantanídios?
Só nos resta confiar no instinto-que, como dá para ver, falha que é uma beleza!-e na certeza de que nós vamos errar. A coisa funciona mais ou menos assim: se a gente fez, não deveria ter feito. Se a gente não fez, deveria ter feito. No fim estão todos saudáveis e felizes, procurando umas canetinhas para fazer alguns desenhos na parede da sala. E nós, colecionando cabelos brancos precocemente.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

aviso

Vocês sabem o que acontece com o bloguinho quando Matraca-Trica e Fofoquinha ficam doentes ao mesmo tempo?
NADA.
Mil desculpas a todos, assim que tiver 4 horas de sono seguidas, eu volto. Tenho muita coisa para escrever, só preciso do Tico e do Teco a todo vapor.