sexta-feira, 30 de abril de 2010

tim macpherson



Uma coisa leva a outra que leva a outra e assim páginas e mais páginas na internet pipocam em minha tela. Cheguei ao trabalho do fotógrafo inglês Tim MacPherson, conhecidíssimo por seu trabalho publicitário. Na verdade, ia escrever um post sobre uma campanha recente, mas pesquisando achei esta infinitamente mais bacana. E vai direto ao assunto.
A imagem é pequena, portanto vou ajudá-los a entender o que está escrito:The longer a child with autism goes without help, the harder they are to reach.



terça-feira, 27 de abril de 2010

ser mãe é.... atrapalhar


Caso 1

Homem Fluido não é muito chegado em sopa. A mãe, que afinal de contas é a mãe dele, faz questão de sentar com ele na hora do jantar, conversar e até fazer aviãozinho na tentativa de que ele pelo menos experimente uma colherada. Mediante o fiasco, ela resolve cortar a sopa do menu familiar.
Alguns dias depois Homem Fluido vai jantar na casa da vovó. A mãe, que é a mãe, vai buscá-lo. Ela pergunta se ele jantou direitinho e para sua surpresa, vovó responde que ele bateu uma pratada de sopa e pediu mais. O que, como assim??? Mamãe, hoje eu experimentei sopa e agora eu adoro!

Caso 2

Dia de sol na piscina. Fofoquinha encontrou Pedrita e estavam a brincar na piscina rasa enquanto eu e a mãe de Pedrita conversávamos dentro da água. Fofoquinha me perguntou se podia ir na parte funda, ir até a outra borda, 25 metros adiante. Ela já está acostumada, respondi que sim. Fofoquinha então perguntou a Pedrita se também gostaria de ir. Pedrita respondeu que não que tinha medo. A mãe ao seu lado, confirmou. Lá se foi Fofoquinha para um lado e a mãe da Pedrita para outro, buscar qualquer coisa lá longe em sua chaise long. Matraca-Trica quis acompanhar a irmã. Com ele eu normalmente acompanho caso ele fique cansado no meio do caminho. Levo sempre uma bóia. Ele perguntou para Pedrita se ela não gostaria de ir com ele. Ela procurou pela mãe, não a viu por perto e respondeu: Quero sim.
Lá fomos nós, para meu espanto, até a outra borda, todos batendo os pés e ensaiando um nado crawl. A mãe de Pedrita já tinha sacado o que estava acontecendo e nos encontrou lá, boquiaberta. Em tempo de vê-la voltar por onde veio.

Conclusão: por mais que amemos as crias e queremos ensiná-los, protegê-los e ver suas conquistas, nós só atrapalhamos. Eles esperam pacientemente o minuto em que damos as costas para se sentirem confortáveis e seguros para dar aquele passo à frente que nós adoraríamos filmar, fotografar ou simplesmente ter a chance de encher os olhos d'água e o peito de orgulho. Essa é uma condição da maternidade que nunca nunca vou me conformar.


segunda-feira, 26 de abril de 2010

curta: aconteceu.



Sexta-feira foi um daqueles dias. Dia cheio, dia de vai e vem. Dia em que, entre um vai ao dentista e outro vai para casa, um ficou na escola. Esquecido.
Histórias clássicas de infância todo mundo tem e os temas são variados. Um deles é esse. Quem ainda não se atrasou muito ou esqueceu a cria em algum lugar?* Estamos tranquilamente em algum lugar, cuidando da vida, no caso estava com Fofoquinha do outro lado da cidade as 6 de uma tarde de tempestade na cidade, quando toca o telefone que faz nosso coração para de bater por 1 segundo. Aconteceu alguma coisa com a senhora? Seu filho ainda está aqui na escola. A aula acabou as 5.
Pronto, o telefone quase cai da mão enquanto a gente repassa o dia todo como se fosse o último suspiro de vida ao mesmo tempo que tenta recuperar o batimento cardíaco e estabilizar a carga de adrenalina.
Mea culpa. Não tem desculpa. Por sorte vovó estava perto e deu fim a minha agonia. Matraca-Trica chegou em casa depois de tomar banho, jantar, passar a tempestade e trânsito. Abriu a porta de casa, me beijou e disse, como quem pergunta sobre as horas: "Mamãe, sabe porque eu cheguei tarde?"
Olhei para a cara da criaturinha e respondi com uma pergunta. Porque?
O moleque olhou para mim e , em tom de "como assim você não sabe??", me responde:
PORQUE VOCÊ NÃO FOI ME BUSCAR.
Depois dessa só restou pegar um chicote com cilício e me flagelar, Opus Dei style.

*Eu sei, você mãe consciente, nunca fez esse número. É só uma questão de tempo, lamento informar.

Czarodziejska Kura




Entendeu o título? Eu também não, mas a tradução é Galinha Mágica, do polonês. A tal da galinha é uma nova revista para crianças.
Com capas como essas, eu não me importo nem um pouco que não entenda absolutamente nada do que está escrito tanto na revista como no site da Czarodziejska Kura. Fico feliz só de encher os olhos com tanta coisa bacana.

sábado, 24 de abril de 2010

fofices do design: aminals


O tema de hoje é desenho em uma dobradinha de Fofices do Design.
Inspirado nos desenhos de crianças, a Aminals fez bichos literalmente como foram criados pelos pequenos. São de algodão orgânico, super macios e irresistíveis!

fofices do design: formia design

Eu tenho gavetas e gavetas, pastas e pastas em armários com arte de Fofoquinha e Matraca-Trica. Eles tem até um mural em seu quarto aonde fazemos exposições semestrais de suas obras primas. Impossível perpetuar todas elas, infelizmente.Mas alguns agora já dão.
Ahh, como adoro gente que pensa longe, como Mia Van Beek, da Formia Design. Você pode mandar o desenho que quiser de sua cria e ela transforma ou em pendant ou chaveiro. O site está recheado de exemplos, um mais bacana do que o outro, passa lá para dar uma olhada.
Qual mãe não iria querer um presente desses?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

tá me chamando do que?


A escola de Fofoquinha tem por volta de 1500 alunos. Fofoquinha é a única criança conhecida apenas pelo primeiro nome. Não tem mais ninguém com o mesmo na escola inteira. Os nomes dela e de Matraca-Trica são raros, únicos. As pessoas, quando perguntam "Qual é seu nome?" pela primeira vez, não entendem a resposta. Pedem para repetir. Continuam não entendendo mas para não parecer mal educadas, não perguntam novamente. Desistem e passam batido na esperança de que a gente não note. O máximo que consigo como resposta, quando alguém finalmente entende o nome, é "Nossa, que interessante, não?", sem saber exatamente como se expressar para não deixar passar a reação imediata de quem pensa "Nossa, que coisa esquisita!". Isso não me incomoda. O nome deles é o tipo de nome que ou a gente não vai se lembrar nunca ou, depois de ouvir e entender, nunca mais vai esquecer. Parêntesis: nem vem com a história de que é por isso que esquecí o nome da menina quando ela nasceu, lógico! O branco que me deu poderia ser até com meu nome naquela hora. Fecha parêntesis. São nomes sem diminutivos ou abreviações*. Se eu chamar por eles no meio de uma multidão, serão os únicos que virão a mim.
Lendo uma matéria no The Daily Best sobre a escolha de nomes para bebês, cheguei a uma conclusão. Pode-se falar o que quiser dos americanos, menos que não sejam criativos e ousados na hora de dar nome aos filhos. Tá certo que sempre tem o Top Ten names do ano, como em qualquer lugar do mundo aonde seu filho vai ter que usar o sobrenome a vida inteira para se diferenciar dos outros, como também tem quem extrapola demais e o nome vira uma aberração. Nessas horas dá até pena da criança.
Entre os 2 extremos existem os pais, que não são poucos, que não gostam do conforto e segurança de uma fórmula já testada e que usam palavras com liberdade suficiente para colocá-las em contextos distintos. Sem medo. Procuram o significado perfeito para traduzir o que sentem por sua cria sem se preocupar se vai ficar esquisito ou se é nome próprio. Fofoquinha tinha uma amiguinha chamada Swan. Poético, lindo.
O que quero dizer é que existe vida além de Bruno e Maria Luiza-não tenho nada contra esses nomes, por favor. Olhe ao seu redor, inspire-se e pense no significado da palavra. Procure palavras em outras línguas, volte no tempo e na história. Na lista de nomes americanos, para meninos, existem Beau, Beckett, Cato, Dante, Kobe, Magnus, Jasper e West. Olha só que doçuras de meninas: Calypso, Indigo, Juniper, Lilou, Luna, Sabine e Saffron. Vida virou nome próprio e consta na lista da matéria, cortesia da filha de Camila Alves e Matthew McConaughey. Pode apostar que alguns desses nomes vão virar top ten em alguns anos. Eu ainda não entendi muito bem como o inconsciente coletivo trabalha para que todos tenham vontade dos mesmos nomes em determinado período da história. O que sei é que eles começam com alguma criança, como Vida. A-POS-TO que vamos ter um boom desse nome loguinho. Não porque Vida é filha de pais famosos. Olivias, Sofias, Chloes e Emmas não eram.

* Para ninguém achar que Fofoquinha e Matraca-Trica são aberrações linguísticas, saibam que o nome dela é de princesa (olha só a felicidade quando ela soube a origem) persa e o dele de conquistador mouro. Os dois datam de bem Antes de Cristo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

an eye for annai



Pura fofice em forma de animação.
De Jon Klassen & Dan Rodrigues.

freelor


Mamãe ultimamente estava com muita areia em seu caminhãozinho, por isso a ausência no blog.
Quando vi o Freelor, tive que parar tudo e mostrar para vocês. Criado por Ji Hun Noh, a caixa de lápis de cor é destinada às crianças cegas.
Crianças só aprendem Braille a partir dos 8 anos, mas antes de mais nada são crianças e se expressam como tal. Para ajudar os pequenos a conhecer e reconhecer as cores, um símbolo foi colocado na ponta do lápis. Por associação elas aprendem que a cor amarela corresponde a um pintinho, vermelho a uma maçã, uma laranja para...laranja e por ai vai.
Não sei dizer se o projeto de Hun Noh já foi comercializado. Espero que sim.