segunda-feira, 4 de agosto de 2008

panelinha

Meninas e panelinha. O ovo e a galinha. 
Meninas começam a fazer panelinha desde cedo. Agora que estou assistindo Fofoquinha e as amigas brincarem minha memória voltou à tona. A panelinha começa cedo, muito antes do que lembrava. E acompanham as meninas, depois garotas, moças, mulheres e senhoras ao longo da vida. Todas nós temos panelinhas. Sempre vamos ter a melhor amiga. E fofoca. Quem está dentro e quem não pode entrar.
Fofoquinha tem a melhor amiga dela. Aquela relação passional de amor e ódio, competitividade e companheirismo. Você sabe como é. Elas parecem siamesas dividindo o lado direito do cérebro (o que processa as emoções) andando de mãos dadas pelo parquinho.
Assim como elas tem as panelinhas delas, as mães tem suas próprias panelas: vão tomar café depois de deixarem as crianças na escola, saem para almoçar e fazem ginástica juntas. Envolvem as crianças e passeiam juntas. 
Eu não faço parte da panelinha de mães das meninas amigas da minha filha. Falta de afinidades, o santo não bate, vai saber. Mulheres...vai entender. Faço parte de outra panela. Mesmo assim somos todas educadas e superficiais como manda o capítulo 3 da Cartilha de Comportamento para Mães em Porta de Escola. Não conseguimos achar nada em comum além de trivialidades. Acontece. Não tenho problema algum com a situação, até a hora em que envolve meus filhos. Sabe a fotinha que tem no meu perfil? Alí do lado direito, ó. Sou eu até o último pêlo bege do rabo sentada na savana, não foi à toa que a escolhi.
As amigas estão sempre umas nas casas das outras e fazendo programas, panelinhas de mães e de filhas. A melhor amiga de Fofoquinha está sempre entre elas pois a mãe é parte do grupo das mulheres. Fofoquinha nunca é convidada, mesmo todo mundo sabendo quem é a melhor amiga de quem. Lá vou eu me sentir culpada, afinal eu sou a pária. Me corta o coração quando chegamos no parque e encontramos todas as meninas juntas-estão passando o dia na casa de fulana, depois de ciclana e no meio tempo estão brincando lá.  Fofoquinha ainda é inocente e não percebe, pelo contrário, fica feliz de ver todo mundo no parque. Tenta entrar no grupo e é barrada, pois a panelinha do dia já está formada. Aí sim ela fica chateada e vem procurar abrigo em meus braços. Eu não posso fazer nada, não posso interferir pois ela tem que aprender a se defender sozinha. Tem dias que os hormônios não me deixam nem olhar a cena. 
Por causa disso estou com um dilema: tentei me aproximar das mães pelo bem de Fofoquinha. Está na (minha) cara que estou forçando a barra. Ando pensando na situação toda e não me sinto confortável com o que estou fazendo. Ou devo continuar? A única conclusão que cheguei até agora é que preciso voltar para sessões de recaída na AMPROPOA (ver post de maio).
Até onde a gente espicha a consciência por causa de nossos filhos?
O que você faria?

OBS: Esta pergunta não é retórica, estou mesmo precisando de conselho.

Um comentário:

gabriela disse...

acho que vale a pena fazer um pouco se social, política da boa vizinhança, mas tb não vale exagerar, pq, pense, se esse povo é assim, será que são sinceras de verdade? será que vale a pena ser amiga de gente que exclui os outros? que faz panelinha? acho que não. antes só que mau acompanhada.

bjbjbj

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