Sexta-feira foi um daqueles dias. Dia cheio, dia de vai e vem. Dia em que, entre um vai ao dentista e outro vai para casa, um ficou na escola. Esquecido.
Histórias clássicas de infância todo mundo tem e os temas são variados. Um deles é esse. Quem ainda não se atrasou muito ou esqueceu a cria em algum lugar?* Estamos tranquilamente em algum lugar, cuidando da vida, no caso estava com Fofoquinha do outro lado da cidade as 6 de uma tarde de tempestade na cidade, quando toca o telefone que faz nosso coração para de bater por 1 segundo. Aconteceu alguma coisa com a senhora? Seu filho ainda está aqui na escola. A aula acabou as 5.
Pronto, o telefone quase cai da mão enquanto a gente repassa o dia todo como se fosse o último suspiro de vida ao mesmo tempo que tenta recuperar o batimento cardíaco e estabilizar a carga de adrenalina.
Mea culpa. Não tem desculpa. Por sorte vovó estava perto e deu fim a minha agonia. Matraca-Trica chegou em casa depois de tomar banho, jantar, passar a tempestade e trânsito. Abriu a porta de casa, me beijou e disse, como quem pergunta sobre as horas: "Mamãe, sabe porque eu cheguei tarde?"
Olhei para a cara da criaturinha e respondi com uma pergunta. Porque?
O moleque olhou para mim e , em tom de "como assim você não sabe??", me responde:
PORQUE VOCÊ NÃO FOI ME BUSCAR.
Depois dessa só restou pegar um chicote com cilício e me flagelar, Opus Dei style.
*Eu sei, você mãe consciente, nunca fez esse número. É só uma questão de tempo, lamento informar.
Um comentário:
Sniiiiiiiiiif... Um dia vai acontecer, estou me preparando psicologicamente pra isto.... Alias, ADOREI seu blog!
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