Tem festa, nós vamos.
Não importa se é batizado de boneca, chá para bichos de pelúcia ou aniversário do gato da família. Convite de festa infantil recebido é convite aceito e compromisso marcado na agenda.
Sexta feira me senti culpada por não ter ido na terceira do dia, Matraca-Trica e Fofoquinha não aguentaram. Simplesmente foi demais para eles. Também, vamos combinar, três em uma tarde só é demais até para mim. Mesmo assim estava disposta a ir, tudo para não deixar o aniversariante chateado. Nenhuma criança merece ficar triste no dia de sua festa.
Tá certo que dá uma preguiça enorme de encarar tanta festa o tempo todo, mas imagina se metade dos pais não levar os filhos na festa do amiguinho por falta de vontade de encarar mais uma rodada de coxinhas e risolis fritos em óleo de qualidade duvidosa com refrigerante. Imaginou a cara do amiguinho? Eu imagino e morro de remorso.
Já fui em festa em baixo de tempestade (tá certo que estava a poucos quarteirões) e fomos os únicos convidados a aparecer, para você ter uma ideia.
Tem outra coisa também que me incomoda: a lei da reciprocidade quando se trata de festa infantil é implacável para os adultos. Mesquinharia pequena, na minha opinião, mas que existe, isso lá existe. As crianças não são responsáveis pelo comportamento dos pais, mas estes não esquecem jamais de quem foi e quem não foi, pagando na mesma moeda.
Segunda-feira ligarei para a mãe do amiguinho cuja festa as crias não conseguiram ir e pedir desculpas. Só assim posso dormir melhor.