Uniduni-tê
Salamê minguê
Um sorvete colorê
A escolhida foi VOCÊ!
Estava no parquinho do clube outro dia-pensando bem, quando não estou no parquinho do clube??-e enquanto as crias estavam ficando tontas de tanto dar volta na roda gigante, parei para observar várias cenas bucólicas de fim de tarde com muito sol. Uma delas era uma mãe, uma bebéia e a pajem. A mãe levava o carrinho e as sacolas, a bebéia ia no colo da pajem. Mais adiante uma mãe lendo revista enquanto a pajem brinca com seu filho no tanquinho de areia. No banco ao meu lado a pajem está dando mamadeira para um bebê enquanto a mãe, que está sentada do lado, fala ao telefone. Outra mãe levando sacolas e tranqueiras e uma menina no colo da pajem.
Recebí um comentário aonde uma querida leitora conta que estava um dia também no parquinho assistindo a seguinte cena: um bebê chorava, chorava, chorava. Soluçava e voltava a chorar. Quem tentava acalmar o tadico era a pajem, enquanto a mãe corria de um lado para o outro esquentando mamadeira, procurando chupeta e depois, estressada, desistiu e foi tomar banho (??!!). Só depois que o bebê acalmou a mãe aliviada (e cheirando bem) pegou o bebê no colo.
Minha mãe uma vez me disse que criança é que nem cachorro: afeiçoa-se e respeita a mão que o alimenta. Ela também falou que, como cachorros, tudo se consegue de uma criança se tem um prêmio envolvido, mas isso é assunto (discutível, bem discutível) para outro post. Voltando à vaca fria (até hoje essa expressão não faz sentido para mim...): nesse ponto ela acertou. Por isso rola tanto ciúmes entre mães e babás, as mães não aguentam ver que seus filhos gostem mais de uma "estranha" do que dela. Despedem a moça que estava fazendo seu trabalho tão, mas tão direitinho por um motivo qualquer e a criança, coitada, perde o ponto de referência e de afeição. O que não aconteceria se a mãe participasse mais da vida de seus filhos. Tá bom, todo mundo trabalha, não tem tempo, chega tarde , pode inventar a desculpa que quizer que eu aceito e concordo. Porém quando você estiver presente, esteja presente. Brinque, cuide, faça cafuné, faça bolo de areia, empurre balança, carregue seu filho, aposte corrida, leia, dê banho. É fácil a gente perder a perspectiva do que é importante, ou do que deveria ser.
Obs: Me sinto na obrigação de novamente pedir desculpas pela imagem, que apesar de mui fofa (e por esse motivo não resisti), é na minha opinião levemente racista.
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