Pagar mico.
Um mais escalafobético do que o outro. Micos inimaginávies.
Em público.
Em público, pelo amor de Deus!!
Quer saber do pior? A gente faz com prazer. Sabe que está enfiando o pé na jaca, continua a enfiar e de vez em quando se diverte prá valer. De vez em quando.
Festa Junina é uma dessas ocasiões em que eu preferiria fazer tratamento de canal sem anestesia do que ter que ter que aparecer na festança. Salvo a dancinha das crias, sempre peço piedade para ser incluida fora dessa.
Esse ano não rolou. Lá fui eu para o Arraiá do clube com as crias que a-d-o-r-a-m uma muvuca.
Fofoquinha me arrasta para o meio do tablado perto do palco aonde uma companhia de dança country está se apresentando. Ela se diverte assistindo, dançando e batendo palmas enquanto eu penso quanto tempo mais meu martírio vai continuar. Já que desgraça pouca é bobagem, como diz o ditado, os dançarinos descem do palco no final de um número e se espalham entre o público. A coreógrafa bailarina chefe (cujo trabalho apresentando foi beeeem inspirado no das chacretes que dançam no Programa do Faustão) anuncia que agora todos vão participar na versão country que ela inventou para uma música famosa:
-Atenção para a Macarena Country!- anuncia a loira de chapinha no cabelo, peito turbinado, chapéu de cowboy, mini saia, bota carrapeta e com a maquiagem escorrendo porque está molhada de suor.
MACARENA COUNTRY!
E lá fui eu com Fofoquinha, que insistiu que mamãe tinha que dançar com ela sem aceitar um não como resposta. Até me colocou do lado de uma bailarina para aprender os passos melhor.
Passinho prá lá, bundinha prá cá, mão com laço para o alto e Êeeeeeeeeeeeeeeeeee Macarena.
Nem pensem vocês que vou me estender a descrever a dancinha que veio depois, a "Eguinha Pocotó".