sexta-feira, 20 de junho de 2008

toys'r'us


Comecei anotar que Fofoquinha adorava brincar nas caixas de papelão das encomendas que chegavam em casa quando ela tinha uns 16 meses. Ela passava 3 minutos inteirinhos entretida: entrava, saia, abria e fechava as abas, se escondia, usava como meio de transporte du jour e levava a caixa com brinquedos dentro para passear dentro do apartamento. Com o tempo comecei a fazer janelas e portinhas nas caixas e ela começou a brincar de casinha, carrinho, a esconder bonecas e brinquedos dentro e tantas outras invenções. E eu com essas caixas de papelão semi-destruidas pintadas em giz-de-cêra com muito carinho e total falta de coordenação motora na minha sala de estar dia sim, dia sim. Ai de mim se a jogasse fora. Coisa que só dava para fazer com a chegada de outra, novinha em folha e de preferência, mais espaçosa.
Pausa para uma informação de utilidade pública: você sabia que a caixa de papelão foi o único objeto a ser incluido no National Toy Hall of Fame dos EUA em 2005 entre 36 outros brinquedos como, ora pois, brinquedo?
Outra coisa favorita em casa, tanto com uma como com outro: a formiguinha. A formiguinha são meu dedo indicador e anular que sobem pelas pernas ou braços para fazer cosquinha embaixo do braço ou pescoço. A formiguinha é minha arme de préférence para entreter crias em salas de espera de consultórios, restaurantes e qualquer outro lugar no qual Fofoquinha e Matraca-Trica não tenham o menor interesse e paciência para simplesmente estar por mais de 2 minutos e 25 segundos:
Eu acho que eu ví uma formiguinha
subindo,
subindo,
subindo prá fazer cosquinha!
Crianças não precisam de um quarto amontoado de brinquedos para serem felizes. De verdade. Não precisam de um trailer (como o da imagem acima), de uma motoca motorizada (!!!!) nem do último lançamento que custa o salário de um mês ou dois da pajem. Brinquedos são bacanas, sim, não sou contra absolutamente. Sou contra exageros que empolgam durante 1 mês e depois ficam coletando poeira por outros 10 até que eles sejam doados. As caixas de papelão e a formiguinha, por exemplo, não sairam de style até hoje, mais de 4 anos depois. O que quer dizer que sim,  ainda tenho uma caixa de mudança na sala de estar, incorporada à decoração permanentemente. Pintada e repintada, com muitos stickers e carimbos, cheia de fita durex, com muitas marcas de dentes e dedos engordurados e com várias abas faltando. Sabe aquela peça de decoração que um parente próximo do seu marido deu e ele faz questão que fique bem à vista (ele adora a tal coisa!) mesmo que seja um abacaxi no meio das graciosas petúnias que você cultivou com tanto carinho? Pois é.
Bom, depois de todo esse passeio pelo meu (in)consciente eu lembrei o que queria dizer e que poderia ter sido resumido em poucas palavras: 
Sabe qual é o melhor brinquedo para uma criança, na minha opinião? Sua companhia e a imaginação deles.


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