Nove meses é muito tempo.
Para coisas práticas como fazer enxoval, decorar quarto de bebê, providenciar lembrancinhas para maternidade e trabalhar, o tempo é curto e limitado. A gente precisaria de mais uns 2 anos para conseguir se acostumar com a idéia de um filho e organizar tudo do jeitinho que a gente acha que tem que ser feito. O projeto de um filho seria, idealmente, um projeto para lifetime. Acho que é por isso que "acidentes" acontecem. Se a gente pensar muito, não rola nunca. Mas e agora que o "acidente" ou planejamento aconteceu?
Agora, minha amiga, serão dias e noites obcecando sobre uma pergunta que não quer calar: como isso vai sair?
Nove meses é tempo demais. Quando se marca uma hora no dentista, a gente tem uns dias para se preparar. Quando a gente marca uma mamografia, quer que seja no dia seguinte para acabar com a coisa o mais rápido possível. Aliás, falando em mamografia, uma amiga me deu a melhor definição, se você nunca fez uma: tire a roupa, abra a porta da geladeira, apoie seu seio no batente de frente para o lado de dentro, e bata a porta com força.
Voltando à vaca fria: ter um tempo para se preparar para futuros acontecimentos é bom, mas tempo demais só faz a gente ficar mais nervosa. A impossibilidade de calcular a possível dor que a gente vai sentir quando entrar em trabalho de parto é para deixar qualquer mulher maluca. Não se tem a menor referência, cada uma teve uma experiência diferente para contar e ninguém chega à conclusão nenhuma. Isso é suficiente para deixar a grávida noites sem dormir. Bom, vamos combinar que refluxo também não ajuda. Deixa a gente acordada, sentada na cama, caraminholando horas sem fim sobre o medo do desconhecido.
Nove meses é suficiente para amarelar qualquer um. Nos primeiros meses a gente quer parto natural, sem drogas e na banheira de casa. No segundo trimestre já nos convencemos que é melhor fazer o parto no hospital e com o anestesista do lado para nos administrar uma peridural na primeira contração. Lá pelo oitavo mês, quando o obstetra, capciosamente arruma uma desculpa esfarrapada para te propor que o parto seja por cesariana, você até se adianta: "Doutor, eu quero marcar já a cesárea" juntando a fome com a vontade de comer. Ai que alívio, pensa você.
Para coisas práticas como fazer enxoval, decorar quarto de bebê, providenciar lembrancinhas para maternidade e trabalhar, o tempo é curto e limitado. A gente precisaria de mais uns 2 anos para conseguir se acostumar com a idéia de um filho e organizar tudo do jeitinho que a gente acha que tem que ser feito. O projeto de um filho seria, idealmente, um projeto para lifetime. Acho que é por isso que "acidentes" acontecem. Se a gente pensar muito, não rola nunca. Mas e agora que o "acidente" ou planejamento aconteceu?
Agora, minha amiga, serão dias e noites obcecando sobre uma pergunta que não quer calar: como isso vai sair?
Nove meses é tempo demais. Quando se marca uma hora no dentista, a gente tem uns dias para se preparar. Quando a gente marca uma mamografia, quer que seja no dia seguinte para acabar com a coisa o mais rápido possível. Aliás, falando em mamografia, uma amiga me deu a melhor definição, se você nunca fez uma: tire a roupa, abra a porta da geladeira, apoie seu seio no batente de frente para o lado de dentro, e bata a porta com força.
Voltando à vaca fria: ter um tempo para se preparar para futuros acontecimentos é bom, mas tempo demais só faz a gente ficar mais nervosa. A impossibilidade de calcular a possível dor que a gente vai sentir quando entrar em trabalho de parto é para deixar qualquer mulher maluca. Não se tem a menor referência, cada uma teve uma experiência diferente para contar e ninguém chega à conclusão nenhuma. Isso é suficiente para deixar a grávida noites sem dormir. Bom, vamos combinar que refluxo também não ajuda. Deixa a gente acordada, sentada na cama, caraminholando horas sem fim sobre o medo do desconhecido.
Nove meses é suficiente para amarelar qualquer um. Nos primeiros meses a gente quer parto natural, sem drogas e na banheira de casa. No segundo trimestre já nos convencemos que é melhor fazer o parto no hospital e com o anestesista do lado para nos administrar uma peridural na primeira contração. Lá pelo oitavo mês, quando o obstetra, capciosamente arruma uma desculpa esfarrapada para te propor que o parto seja por cesariana, você até se adianta: "Doutor, eu quero marcar já a cesárea" juntando a fome com a vontade de comer. Ai que alívio, pensa você.
Chega mais perto da tela que vou te contar uma coisa. Chega mais.
Nada no mundo vai te preparar para o que está por acontecer. Nem em como sua vida vai mudar. O segredo é respirar fundo, sem pensar muito no assunto. Muito mais fácil falar do que fazer, você vai me responder. E tem razão. Mas acredite nisso: parto natural é tudo de bom. A dor, no fim, a gente não sente. Primeiro pela anestesia, depois porque tem taaaaaaaaaanta coisa acontecendo com seu corpo e ao seu redor que seu cérebro não consegue processar tudo. Um conveniente presente da natureza.
Lembre-se de que o você está gerando não é o bebê de Rosemary. Saiba que se por acaso qualquer dor tenha sido processada pela sua massa cinzenta, no minuto em que você olhar pela primeira vez para seu bebê, desaparecerá por completo.
Lembre-se de que o você está gerando não é o bebê de Rosemary. Saiba que se por acaso qualquer dor tenha sido processada pela sua massa cinzenta, no minuto em que você olhar pela primeira vez para seu bebê, desaparecerá por completo.
Um comentário:
Juro que é meu último comentário hoje:
A-M-E-I este artigo.
Raro.
Lá no Dicas Green tem um post falando sobre o parto normal. Também gostei da sua observação sobre o doutor que arruma a desculpa para fazer a cesárea.
É muito triste eu ver TODAS as minhas amigas e primas da minha geração fazerem parto cesariano.
Algumas até gostariam de fazer o parto normal, mas o médico.... as assusta com alguma má notícia, que eu nem sei se dá para acreditar.
PArabéns! Já estou te seguindo e voltarei mais vezes! Um beijo verde!
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