Li um texto outro dia que me levou às lágrimas-primeiro de tanto rir.
Uma mãe com cinco filhos homens-tá achando pouco? Ela também tem duas meninas-escreveu um artigo sobre sua experiência em conviver e educar meninos para a revista Wondertime. Depois de ler o tal texto, mal consigo olhar para Matraca-Trica e conter um sorriso: "Agora entendi. E não há absolutamente nada que possa fazer a respeito."
Alguns trechos tem pérolas preciosas que quero traduzir para vocês-perdão pelas licenças poéticas e falta de precisão literal. Se você quiserem ler o texto em VO e na integra clica aqui, ó.
"Meninos não são como meninas em essência. Ás vezes os meninos podem parecer ter a resposta emocional de um organismo unicelular, mas são levados as lágrimas por qualquer coisa que envolva um cachorro. São incapazes de se emocionar com suas lágrimas, porém, quando você abre uma gaveta na cozinha e encontra um pudim meio comido (ou um pedaço de pizza fossilizada, ou biscoito mastigado e cuspido).
Não são só maridos e namorados que não suportam ouvir a frase "Nós temos que conversar". Filhos também odeiam. Pessoas do sexo masculino, em minha experiência, começam a responder perguntas com monossílabos assim que conseguem emitir grunhidos. Emitir esses sons horripilantes será uma fonte sem fim de diversão para eles e seus amigos pelos próximos 20 anos.
Eu e meus amigos criamos um teste definitivo para explicar a diferença entre meninos e meninas. Chamamos de Paradigma da Tinta Fresca. Meninas aprendem a partir de suas próprias experiências e ocasionalmente experiências de outras pessoas. Se um menino vê uma placa que diz "tinta fresca", ele colocará o dedo na parede para ver se não é uma brincadeira. Seu amigo-que está ao seu lado-terá que fazer o mesmo teste com seu próprio dedo. Meninos são mais estúpidos do que meninas. Eles tem uma maneira individual de fazer descobertas que ignora as evidências.
Meninos tem que fazer as coisas do jeito deles. Quanto mais rápido uma mãe aprende isso, menos tempo ela perderá com interferências desnecessárias e medicamentos para dor de cabeça.
Você pode educar seu filho como quiser, na primeira chance que tiver ele vai arrotar o hino nacional. Você pode criar seu filho como Quaker, vegetariano ou pagão, ele vai brigar com seu irmão por causa de uma tampinha de caneta sem uso como se fosse a Estrela da India.
Você pode beijá-lo todas as noites e cantar canções de ninar, dar bonecas e bonecos, brincar de gatinho ao invés de Tropa de Elite. Vai, tente. Mesmo assim ele vai fazer uma arma de uma torrada e atirá-la do outro lado da mesa-mesmo que ele nunca tenha visto uma arma que não fosse do formato de uma centopeia e que atira água. Mesmo que você seja paciente e quieta, seu filho vai, do mesmo jeito, berrar num tom tão alto que vai fazer o cachorro desmaiar enquanto corre pela casa se açoitando com uma fita métrica de metal na cabeça.
...Nos anos pré-verbais (e nos após o colegial), um menino irá rastejar em baixo de qualquer coisa, irá cair, rolar e chutar qualquer coisa. Mastigará com a boca aberta enquanto equilibra a cadeira em que está sentado nas pernas traseiras assim que suas pernas forem longas o suficiente para fazê-lo.
...Minha vida sem meus filhos seria pacata e serena. Quem quer isso? ...Meus filhos dizem tantas coisas absurdas acreditando ser a pura verdade que é impossível ficar zangada com eles. No jantar, quando Dan era pequeno, ele estava molhando pétalas de dente-de-leão no leite e comendo. Quando perguntei, ele respondeu:" Se não fizer isso, o dente-de-leão fica com gosto muito ruim."
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nota: Jaquelyn Mitchard (a autora do texto) aconselha os pais a colocarem na poupança $100 por mês para a faculdade e $1000 por mês para pagar o médico e o gesso, limpeza de carpete e carrinhos de metal."