domingo, 18 de outubro de 2009

curta: clássicos infantis

Deixei cair um pecinha atrás do sofá. Quando olho, não só acho a preciosa pecinha-que só porque era pequenina e eu precisava encaixar em outra maior, pela lei de Murphy, iria rolar para atrás de alguma coisa de difícil acesso- como também um ninho. Loiro. Pelo comprimento das madeixas poderia ser tanto de Fofoquinha como de Matraca-Trica.
Demorou, pensei comigo mesma. Quem não cortou o próprio cabelo quando era pequeno põe o dedo aqui! Tesouras são uma fonte de inúmeras tentações: roupas, brinquedos, livros e....cabelos. A volta da escola hoje iria ser bem interessante.
O detalhe é que isso aconteceu em uma casa em que a mamãe (eu) está a beira de uma doença psicológica grave em relação ao cabelo de suas crias. Cortados a perfeição por um cabelereiro de gente grande de super confiança (quem mais poderia fazer um moicano em Matraca-Trica que quando está sem gel parece um corte normal?) sob meu atento olhar e penteados a miúda, os dois são sempre motivo de elogios dos outros por causa de suas madeixas. Eu daria uma betazóide de primeira em Star Trek Next Generation.
Bom, Matraca-Trica está com a loirice intacta. Já Fofoquinha....
Achei, entre seus longos e repicados fios que ela tem a vã esperança de que um dia fiquem do mesmo comprimento do cabelo da Barbie Rapunzel-não basta só ser a Rapunzel, tem que ser a Barbie Rapunzel, um trecho que mais parece um eletroencefalogramo.
Como na vida tudo o que você disser pode e será usado contra você, quando perguntei o motivo de tal barbaridade capilar ela respondeu:
-Para meu cabelo crescer forte e bonito, mamãe! Empresta a tesoura de novo?

2 comentários:

Elaine Maria disse...

Menina, isso já aconteceu aqui em casa, e não foi pouco não...
beijos!

Mirian Assis disse...

Aqui em casa também aconteceu com a minha terceira!! E ainda por cima duas vezes. A sorte é que cresce! Beijocas Mirian e Trupeda Costa Rica