Quando você se pega sentada no azulejo frio do banheiro no meio da manhã com a cara inteira dentro do vaso sanitário colocando tudo para fora simplesmente porque enjôou com o cheiro da sua cara metade, você tenta se manter calma pensando naquele pacotinho que dentro de 7 meses vai estar em seus braços.
Mais tarde, quando não consegue enxergar sua virilha, seus pés estão do tamanho de mamões e está com pelos nascendo em lugares que nunca imaginou ser possível, você tenta se manter calma pensando naquele pacotinho que dentro de 2 meses vai estar em seus braços. Até as hemorróidas valem a pena.
Agora que o pacotinho está em seus braços coçando a gengiva em seus mamilos rachados, você tenta se manter calma pois está fazendo tudo isso porque ama incondicionalmente esse projeto de gente. Mesmo que ele arrancasse um pedaço de sua carne, você não se importaria em nome do amor.
A ligação entre vocês é tão, mas tão forte que se você sai do campo de visão, o berreiro do pequeno é enorme. Tudo bem que você tem que ir ao banheiro com a porta aberta e só pode escapulir de casa na hora da soneca dele. Você faz tudo isso porque ama incondicionalmente esse projeto de gente.
Chega uma hora, lá pelos 18 meses, que você pensa seriamente se valeu a pena. Essa história de aguentar piti por qualquer coisa, esse choro todo porque você tem que sair, essa coisa de não querer comer nada. Ainda assim você, colocando tudo na balança, conclui que está tudo bem, afinal você ama incondicionalmente esse projeto de gente.
Sabe para quê a gente faz tudo isso, passa por todas as culpas e dores físicas?
Para ver com seus próprios olhos que eles ficam melhor quando não estamos presentes. Para saber como eles se comportam bem na casa dos outros, como experimentam pratos novos e param de chorar no segundo que não te vêem quando você os deixa na escolinha.
Ter que ouvir de quem ficou tomando conta de seu filho que ele estava ótimo enquanto a gente estava fora e foi só a gente pisar em casa que ele começou a fazer manha é demais da conta.
Esse é só o começo, fico pensando. Fofoquinha já começou a me responder como se tivesse 11 anos. Ainda vai ter o dia, lá pelos 13 anos, que eles vão acordar O-DI-AN-DO os pais, coisa que vai durar longos anos. E você ainda vai estar lá, esperando a criatura com um prato de comida quentinho ou saindo para buscá-la no meio da madrugada na balada, só para ouvir mais atrocidades. Nessas horas a gente pensa que ao invés de dar aquele Wii para a ela, deveríamos era ter ido ao dentista para ver se aquela cárie virou canal porque ficamos adiando para dar de tudo o melhor que podemos para os filhos.
Para quê mesmo a gente tem filho? Ahh, esses hormônios dos infernos...
Chega uma hora, lá pelos 18 meses, que você pensa seriamente se valeu a pena. Essa história de aguentar piti por qualquer coisa, esse choro todo porque você tem que sair, essa coisa de não querer comer nada. Ainda assim você, colocando tudo na balança, conclui que está tudo bem, afinal você ama incondicionalmente esse projeto de gente.
Sabe para quê a gente faz tudo isso, passa por todas as culpas e dores físicas?
Para ver com seus próprios olhos que eles ficam melhor quando não estamos presentes. Para saber como eles se comportam bem na casa dos outros, como experimentam pratos novos e param de chorar no segundo que não te vêem quando você os deixa na escolinha.
Ter que ouvir de quem ficou tomando conta de seu filho que ele estava ótimo enquanto a gente estava fora e foi só a gente pisar em casa que ele começou a fazer manha é demais da conta.
Esse é só o começo, fico pensando. Fofoquinha já começou a me responder como se tivesse 11 anos. Ainda vai ter o dia, lá pelos 13 anos, que eles vão acordar O-DI-AN-DO os pais, coisa que vai durar longos anos. E você ainda vai estar lá, esperando a criatura com um prato de comida quentinho ou saindo para buscá-la no meio da madrugada na balada, só para ouvir mais atrocidades. Nessas horas a gente pensa que ao invés de dar aquele Wii para a ela, deveríamos era ter ido ao dentista para ver se aquela cárie virou canal porque ficamos adiando para dar de tudo o melhor que podemos para os filhos.
Para quê mesmo a gente tem filho? Ahh, esses hormônios dos infernos...
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