sábado, 4 de junho de 2011

mamãe indica: stardate 04062011-centre carasso II




disse aqui uma vez (uso até a mesma imagem do primeiro post para a coisa ficar bem, mas bem clara) e repito: sou uma mãe problema. 
Eu infernizo, eu faço papel de advogada do Diabo, eu pergunto, eu questiono e não deixo passar batido. Eu pesquiso e tiro minhas dúvidas, com muitas, muitas perguntas. Não é tarefa fácil me convencer de alguma coisa.
Resumindo, eu sou uma chata de galocha. 
Je suis sûr que todos os profissionais do Centre Carasso, as mães amigas e meus anfitriões tiveram essa impressão de moi, e não com palavras tão gentis como essas que estou usando. Minhas orelhas estão vermelhas até agora, afinal a nossa programação consistia em 7 apresentações com hora marcada para começar e terminar e eu, com tantas perguntas, devo ter atrasado pelo menos 5 delas. Deu para sacar o efeito dominó do meu comportamento?
Para ter uma visão da nossa tarde no Centre Carasso, convido vocês a passar no blog da Sam Shiaishi, o A Vida Como a Vida Quer e no da Glau Nunes, Coisa de Mãe, elas a descrevem nosso step by step super bem. A Giovana Reobol também escreveu sobre o assunto, aqui no Nascendo Uma Mãe.
Foi durante a nossa visita que caiu uma ficha. Minha família, desde os tempos da bisavó (são esses que eu posso confirmar) sempre teve uma certa obsessão pelo bem estar dos intestinos. Todos os males curavam-se com lavagens intestinais. Coalhada era um item obrigatório em alguma das refeições do dia, não importava qual. Depois vieram os iogurtes. Quando alguém caía doente, a primeira coisa que se pensava era na flora intestinal e em como reequilibrá-la. E cocô então. O assunto cocô estendia-se à detalhes tão minuciosos como a daquela fase de recém-nascidos: quantas vezes fez, qual é a consistência e cor, etc. 
Naturalmente adotei a tradição do iogurte/coalhada em casa para meus filhos como um hábito corriqueiro, como escovar os dentes depois das refeições. Não sei porque achava que todas as outras casas eram como chez moi. Para mim era óbvio que, parafraseando um sucesso do marketing televisivo, Danoninho vale por um bifinho. Isso porque iogurte, coalhada e o bem estar da flora intestinal- porta para uma saúde impecável- estão intimamente ligados. Pelo o que ouvi lá, só uma parcela pequena da população brasileira tem os mesmos hábitos, inclusive é por isso que existe um investimento tão baixo em iogurtes diferentes no nosso mercado. Vocês já notaram a quantidade de variações de iogurte que existe no  exterior? Pois é.
Existe uma placa na parede da sala de espera do Centre Carasso com uma frase de Hipocrates que é como eu vejo a minha alimentação e de minha família- sou daquelas que faz caldo de galinha, geléias, polpa para sucos, xaropes e outras coisinhas em casa: 
"Que sua alimentação seja seu primeiro remédio".

Um comentário:

ligia k disse...

Ah, minha avó paterna era igualzinha, igualzinha. Lavagens, coalhadas feitas por ela, "time sheet" das idas ao bwc (rs), enfim, obsessiva com os alimentos e os intestinos como a sua avó. Teve 15 filhos de parto normal. Foi ao médico pela primeira vez aos 85 anos de idade. Morreu de velhice aos 93, sem sofrer. Para ela, alimentação era prevenção e remédio.