Eu não sei como fazer para responder aos comentários que deixam em meu bloguinho.
nota em lugar inapropriado: se alguém souber, estou toda ouvidos, por favor!
Antes de mais nada, muito obrigado pelo carinho e comentários que vocês (cinco, provavelmente) deixaram. Eles são poucos, dá para contar nos dedos de duas mãos. Já houve quem me perguntasse por que não há comentários no meu blog, se por acaso eu os edito e não os deixo disponíveis. Pois vou te contar o que acontece: quem lê este bloguinho não deixa comentários mesmo. Tenho uma teoria: quem tem filhos não tem tempo nem de descascar preguiçosamente uma tangerina, o que dirá perder precioso tempo escrevendo alguma coisa aqui. Não me sinto ofendida, por favor! Entendo perfeitamente. Eu mesma raramente tenho tempo de deixar comentários em blogs amigos. Fico feliz quando tenho 3 minutos de sobra para ler algo além de bulas de remédio, livros de histórias infantis e informações nutricionais/ingredientes em embalagens de alimentos industrializados. O que também explica a minha ignorância em saber como responder a comentários aqui: não tive tempo de ler a respeito ainda.
Voltando ao assunto: recebi um comentário em um post antigo, a pedra no meu sapato. Gostaria de responder ao meu querido anônimo. As pessoas gostam desse cantinho porque elas se identificam com minhas peripécias maternais. Eu gosto desse cantinho porque posso ventilar minhas frustrações em certas ocasiões. Sem perder o bom humor jamais! Eu não me levo muito a sério e tão pouco os leitores.
O último parágrafo do texto era (aparentemente não tão) claramente para encerrar o pensamento. Uma piadinha. E sim, tem horas que a gente pensa assim-não damos corda ao horror e a coisa morre ali, naquele nanosegundo. Na hora da frustração suprema, a gente perde a cabeça. A cabeça e só ela. Estou mentindo? Eu assumo que eu perco a minha que já é meio desmiolada, mas a acho em poucos minutos (normalmente em baixo do sofá no banco de trás do carro). Por que somos humanos. O amor incondicional não é diretamente proporcional a paciência. Aliás, na minha cabeça são duas coisas completamente diferentes. Paciência não é santa. O tal do amor é. Paciência, usando uma metáfora pouco inspirada, é como um elástico: quando se alarga além de seu limite, ele se rompe.
Eu acho que as crianças tem que saber sim que nós perdemos a paciência de vez em quando, que o que eles estão fazendo pode machucar, magoar ou nos deixar zangados. São respostas normais, eles também as sentem. Isso estabelece limites, mostra que atos tem consequências. Você não mostra quando está feliz? Então. Não adianta protegê-los ad eternum de reações pouco louváveis dos seres humanos, pois mais tarde eles não vão saber como reagir a elas, não vão saber como lidar com a situação quando ela se apresentar.
Você perdeu a paciência? Dê o exemplo: acalme-se e peça desculpas a sua cria, para começar. Seja exemplar e conte o que fez para se acalmar e como lidar com a frustração. Usar a si mesmo como rato de laboratório, como instrumento para aprendizagem; isso sim é responsabilidade e amor incondicional.
Pois é, meu querido anônimo, eu gosto de conversar. Acho construtivo. Acho que só podemos crescer quando amadurecemos ideias. Por isso agradeço seu comentário. Ele me fez parar para pensar além de suas palavras. Obrigada!