terça-feira, 9 de junho de 2009

curta-o que a raiva faz com a gente

Existe uma linha fina e delicada na harmonia entre pais e filhos. Quando uma das partes cruza essa linha, escorrega e leva um tombo. Quem levou o tombo desta vez, só para variar um pouco, fui eu. E foi de tanto rir.  
Já mencionei aqui como palavras de baixo calão não são admitidas em casa, ou melhor não eram, até pouco tempo. Depois do que vou contar, abri algumas excessões para as palavras para nós adultos até inocentes como "bobo", "chato" e "feio". Cheguei a conclusão de que  Fofoquinha e Matraca-Trica precisam de uma válvula de escape para se expressar quando estão muito, muito zangados. Se nós não fornecemos uma, eles aprendem, sem precisar de muitas aulas, a maravilha que é o sarcasmo. E eu ainda não estava preparada para isso.
Matraca-Trica fez uma malcriação qualquer outro dia e como cereja do sunday machucou Fofoquinha. Coloquei-o de castigo. Ele ficou furioso. Colérico. Ainda por cima queria ir para o cantinho do castigo com o carrinho que estava brincando. Fiz o moleque me dar o carrinho. Ele, tadico, estava se controlando, no meio de sua fúria, para não falar nenhum palavrão.
-Sua...sua...SUA!
Por fim achou a palavra certa, e berrou, muitíssimo bravo, com toda a força de suas cordas vocais:
-Sua LIIINDA!

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