sábado, 22 de maio de 2010

de volta à escola


Já passei pelo ciclo escolar, do jardim da infância à faculdade. Tenho como prova um Diploma, com dê maiúsculo, que me deu o direito de deletar toda e qualquer informação que eu considero inútil na minha existência. Todos nós sabemos o alívio que isso é, jogar na lixeira da inexistência todas as fórmulas dos sólidos matemáticos, tabelas periódicas de química e vetores físicos. Bom, pelo menos esse é meu caso, o seu deve ser diferente.
E não é que a vida tem mais uma pegadinha? Teve filho, vai ter que ajudar com a lição de casa. Se vira, mãe!
A primeira delas é aprender as linhas pedagógicas de ensino para escolher a escola certa para nosso estilo de vida. A segunda, que ninguém se lembra de contar para a gente, é que a alfabetização é um processo que dura pelo menos 2 anos. Dois anos ou mais de muita paciência e frustração para nós, adultos, que temos que ajudar nossos pequenos a entender esse mundo complexo de imagens embaralhadas que nós tiramos de letra, automaticamente formando palavras. Temos que nos lembrar constantemente disso enquanto eles lêem, de soquinho e sem entender o significado, uma pergunta no livro de Língua Portuguesa. E aí, para responder? 
A terceira lição é que a frustração ao ajudar a ensinar não vai diminuir com o tempo. Como Fofoquinha não consegue ver a solução deste problema de matemática se é tão óbvio e eu já expliquei mais de mil vezes??!!! Tá na cara, menina!
Tá vendo o que acontece? Eu fico de mal humor, Fofoquinha fica estressada, nos desentendemos e a lição de casa desanda como quando a gente ferve o leite e ele talha. Um desastre pedagógico! Por acaso a gente precisa disso?
Nós pais não sabemos até aonde podemos ajudar ou deixar que eles se virem, nunca se fez um manual de "Ajuda à Lição de Casa" por escola alguma e isso é o que mais deixa a gente frustrada. Não sabemos até onde podemos ir. Cada criança é única, cada pai com pavio de comprimento distinto e cada caso diferente. Não vou nem entrar no problema de estarmos ensinando nossos pequenos de modo errado, pois o jeito que aprendemos caducou assim que conseguimos nosso primeiro estágio. Já levei chamada da professora. Não foi uma vez. Então porque a escola não oferece um curso de como ensinar a matéria tal da mesma maneira que as professoras e acima de tudo, sem perder a paciência?
Nós, adultos, infelizmente estamos todos no mesmo grau desse dilema sem resposta múltipla para a gente dar de preguiçoso e marcar um xis em quadradinho qualquer.



5 comentários:

Adriana D. disse...

Amei!
Pois é... eu também enfiei várias coisas no saco do esquecimento. Ano passado ao fazer um favor a uma amiga, dei reforço escolar a um menino de 6ª série. Tive que arrancar do baú cálculos com fração, vassalos e senhores da idade média e muitas outras coisas empoeiradas.
Quero só ver quando minha filha for ser alfabetizada!
bj

Lu e Vivi disse...

Funciona pra mim... é assim... vou até onde a minha paciência não stressa a DENTINHO !!! o negócio pega mesmo é na bendita da matemática... quando vejo que vou estourar ou que vou ensinar errado, fechamos tudo e mandamos um bilhete para a professora dizendo assim: a
DENTINHO tem dúvidas neste item você pode ajudá-la ? muito obrigada !
É isso... até o momento funciona... até né? não sei depois... quem sabe o PROFESSOR GOOGLE poderá nos ajudar ?
bjs

Lu

Mamma Mini disse...

Putz, to ferrada a hora que tiver que ensinar matemática pro meu filho, vou reviver todos os anos de recuperação... :(

Carol Garcia disse...

que medo!!!
kkk
nem sei em que ano deixei a matemática de lado...
bjocas
carol
viajandonamaternidade.blogspot.com

Coisas de mãe disse...

Pra mim esta fase mal começou. Digamos que ainda "tá facil"já que a única nova regra é "não corrija, só se ele perguntar"... mas pelo jeito ainda vou penar bastante!!!

Ser mãe é uma aventura ne?

beijos

Pati

http://coisasdemae.wordpress.com