Tem muita coisa que a gente não comenta fora de círculos pequenos e exclusivos das pessoas próximas de nós. Alguns assuntos sempre aparecem velados, em meias palavras para bom entendedor ou são intencionalmente ignorados. Dinheiro é um deles, quando está faltando.
Gente grande contorna (ou não) a situação da maneira que acha mais apropriada entre eles, mas com nossos filhos só dá para ir até um certo ponto.
Mascarar a situação financeira provisória é a opção feita por 9 entre 10 adultos. As justificativas são sempre as mesmas: eles são muito pequenos, eles ainda não entendem, não queremos que ele fale por aí sem querer, não posso decepcionar meu filho. Essa última é a única desculpa real e que todos nós sentimos onde dói mais, no coração. Dinheiro, por mais vil que possa ser, tem grande participação nessa equação tão complicada que é o relacionamento entre pais, filhos e culpa.
É uma fase e vai passar, a vida é cheia delas, mas enquanto não passa como explicar para o Batfino que ele não vai ao acampamento por que agora não dá, enquanto todos os amigos vão? O peso da culpa é o mesmo seja lá uma decisão mais séria como Batfino ter que mudar de escola ou negar a compra daquele carrinho que ele pediu.
Sou da opinião que desde tititicos, as crianças tem que saber, até onde eles podem entender, o que está acontecendo. Desde pequenos Matraca-Trica e Fofoquinha ouvem "Não posso agora, Mamãe não tem dinheiro." Isso ajuda a colocar as coisas em perspectiva para mim e para eles.
Até outro dia quando Fofoquinha, ao chegar em casa, abriu a mochila, tirou dois pacotinhos de lanche e me entregou. Perguntei onde ela tinha pego aquilo e ela respondeu:
-Eu trouxe lá da escola mamãe, assim você não precisa gastar dinheiro com nosso lanche.
Hora ter outra conversa com ela...
Gente grande contorna (ou não) a situação da maneira que acha mais apropriada entre eles, mas com nossos filhos só dá para ir até um certo ponto.
Mascarar a situação financeira provisória é a opção feita por 9 entre 10 adultos. As justificativas são sempre as mesmas: eles são muito pequenos, eles ainda não entendem, não queremos que ele fale por aí sem querer, não posso decepcionar meu filho. Essa última é a única desculpa real e que todos nós sentimos onde dói mais, no coração. Dinheiro, por mais vil que possa ser, tem grande participação nessa equação tão complicada que é o relacionamento entre pais, filhos e culpa.
É uma fase e vai passar, a vida é cheia delas, mas enquanto não passa como explicar para o Batfino que ele não vai ao acampamento por que agora não dá, enquanto todos os amigos vão? O peso da culpa é o mesmo seja lá uma decisão mais séria como Batfino ter que mudar de escola ou negar a compra daquele carrinho que ele pediu.
Sou da opinião que desde tititicos, as crianças tem que saber, até onde eles podem entender, o que está acontecendo. Desde pequenos Matraca-Trica e Fofoquinha ouvem "Não posso agora, Mamãe não tem dinheiro." Isso ajuda a colocar as coisas em perspectiva para mim e para eles.
Até outro dia quando Fofoquinha, ao chegar em casa, abriu a mochila, tirou dois pacotinhos de lanche e me entregou. Perguntei onde ela tinha pego aquilo e ela respondeu:
-Eu trouxe lá da escola mamãe, assim você não precisa gastar dinheiro com nosso lanche.
Hora ter outra conversa com ela...
2 comentários:
seeeempre surpreendendo a gente esses pequenos...
concordo com as conversas sobre dinheiro desde cedo.
situar as crianças é muito bom.
bjinhos
carol
http://viajandonamaternidade.blogspot.com
Flávia, vc sempre supreende - ok, os pequenos dão material de sobra. Adoro a forma gostosa q vc escreve... já me declarei fã de carteirinha do seu blog e faço campanha para as amigas acessarem.
Sempre digo que dinheiro não é problema, é solução. E explicar as coisas como são, de verdade, tb é.
Amei!
PS.: não esquece de colocar no FB os novos posts... fico maluca qdo perco!
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